Autor: Yukio Mashima
Editora: ASSÍRIO & ALVIM
Sinopse:
O Marinheiro que Perdeu as Graças do Mar é uma das mais breves e belas novelas da obra de Mashima. Há quem veja na sua trama uma representação simbólica da sociedade japonesa do pós-guerra conforme a radical visão do autor. Bem mais do que isso, é uma novela de rara beleza, erotismo, imprevisibilidade, radicalismo brutal. Noboru deslumbrou-se com a poética e erótica relação da sua mãe com o fascinante Ryuji, o marinheiro que carrega a grandeza, a glória, o brilho do mar e aquele boné com «a âncora ao centro do grande emblema em forma de lágrima (…) refletindo o sol da tarde».
Esta apaixonante relação sofrerá inesperada mudança. No exterior há um grupo organizado segundo um Chefe, com elementos precocemente militarizados. Rapidamente absorvem o confuso Noboru nos severos princípios da tradição japonesa. Não tarda que o marinheiro seja julgado por ter traído os valores fundamentais de idealismo, de beleza e de glória. Para os códigos do grupo não poderá haver contemplações.
Qualquer cedência significativa a sobreposição do caos à ordem, como avisa o Chefe, ou, conforme diz, mais eufemisticamente, o último parágrafo do livro «a glória, como vós sabeis, é uma coisa amarga».