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Ilíada

Autor: Homero

Editora: Quetzal

Sinopse:

A Ilíada é o primeiro livro da literatura europeia e, sob certo ponto de vista, nenhum outro livro que se lhe tenha seguido conseguiu superá-la – nem mesmo a Odisseia. Lida hoje, no século XXI depois de Cristo, a Ilíada mantém inalterada a sua capacidade de comover e de perturbar.

As civilizações passam, mas a cultura sobrevive? É nesse sentido que parece apontar a mensagem deste extraordinário poema. Ler a Ilídia é recalcarmos o lugar que por herança nos cabe no processo de transmissão da cultura ocidental: cada novo leitor acrescenta mais uma etapa, ele mesmo um novo elo deste texto onde «luz e morte coincidem hora a hora».

“Passaram  a atalaia e a figueira selvagem sacudida pelo vento, sempre para longe da muralha pelo caminho batido, e chegaram às fontes de belo fluir, onde estavam as nascentes duplas que alimentavam o redemoinhante Escamandro.

Uma delas fluía com água quente e à volta dela se formava vapor como fumo que surge de fumo ardente; mas a outra até no verão fluía com água fria como granizo, ou como gélida neve ou como o cristal de gelo na água.

E perto dessas nascentes estavam os amplos lavadouros, belos e feitos de pedra, onde as vestes resplandecentes vinham lavar as mulheres e belas filhas dos Troianos; mas isso fora antes, em tempos de paz, antes da chegada dos Aqueus. Por aí correram, um deles a fugir, o outro a perseguir. À frente fugia um homem valente, mas outro muito melhor o perseguia depressa: pois não era por animal sacrificial ou pela pele de um boi que competiam, prémios nas corridas de homens, mas pela vida de Heitor domador de cavalos”.