Autor: J.D. Salinger
Editora: Quetzal
Sinopse:
Era um árbitro imparcial e imperturbável em todas as nossas caóticas competições desportivas, um mestre a acender ou apagar fogueiras e um socorrista experimentado e sem recriminações. Todos nós, do mais pequeno ao maior mariola, o amávamos e respeitávamos.
O aspeto físico do Chefe em 1928 está ainda vivo na minha memória. Se os desejos fossem centímetros, todos nós, os Comanches, teríamos feito dele um gigante num abrir e fechar de olhos.
Sendo as coisas como são, porém, o Chefe era um rapaz entroncado de um metro e sessenta ou sessenta e dois, não mais. Tinha cabelo preto carregado, cujo contorno começava muito em baixo, o nariz largo e carnudo, e o torso quase do mesmo comprimento que as pernas. No seu blusão de couro, os ombros eram sólidos, mas estreitos e descaídos.
Nesse tempo, porém, eu achava que no Chefe se tinham conjugado todas as qualidades fotogénicas de Buck Jones, Ken Maynard e Tom Mix harmoniosamente amalgamadas.