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Os Irmãos Karamázov

Autor: Fiódor Dostoiévski

Editora: Editorial Presença

Sinopse:

Este foi o último grande romance de Dostoiévski (1879-1880), terminado pouco tempo antes da sua morte, em São Petersburgo (1881). Faz parte das suas obras maiores, juntamente com Crime e Castigo (1886), O Idiota (1868) e Os Possessos (1871-1872), todas elas escritas na fase final da vida, sem dúvida a mais produtiva. Muitos consideram-na a sua obra-prima, mas é difícil decidir este tipo de primazia entre as obras do grande autor russo. Seja como for, Os Irmãos Karámazov é indiscutivelmente uma das mais lidas e mais admiradas criações literárias de todos os tempos. Analista de eleição das contradições e das estranhezas do comportamento humano, Dostoiévski deixa transparecer a sua própria culpabilidade pelo assassínio do pai, um homem tirânico e brutal, plausivelmente morto por mujiques. Mas o alcance da filosofia subjacente a este enredo, em torno das complexas relações entre os Karamázov, vai muito além. Dostoiévski debate de uma forma sublime o problema do bem e do mal, da abjecção da natureza humana e do que a redime, das contradições entre racionalidade, sentimento e intuição, entre amor e ódio, assim como, em contraponto, a questão da liberdade e da dignidade humanas. A sua intrínseca e atormentada religiosidade é aqui mais explícita do que em obras anteriores.

Os Irmãos Karamázov é, assim, um último lampejo do génio de um dos maiores autores de sempre, onde reconhecemos uma inquietação que tem já tudo a ver com a alma do homem moderno.