Sinopse:
“Às tantas, outro mais lesto, deita-se pela borda fora e consegue ‘botar-lhe’ a mão e aí vai de endireitar o rumo. A grinalda estava intacta. Até à Areia Larga e passado o cagaço, foi a galhofa debaixo da lona.
No porto, as ‘inchas’ estavam de respeito e para a despedida foi o ‘Salta, caím’, e ala para casa.
No dia seguinte, a noiva casou-se de grinalda, o mar estava manso, mestre Saca e o corno também”.
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“Foi coisa bem mais séria, pelo menos assim pensou minha Bisavó, naquela noite em que genuflectida, de mãos postas e findas as orações, ergueu suplicante o olhar e, estupefacta, viu Santo António com cara de Maria, Cristo com cara de Santa Teresinha do Menino Jesus, Maria com barbas e coroa de espinho e a bonita Santa Teresinha do Menino Jesus com cabecinha de Santo António. Só o Espírito Santo se mantinha fiel àquilo que era, tinha o ceptro e a pomba no seu lugar!”
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“Não foras tu Picaroto, Picaroto até à medula!
Sim, Picaroto, porque Picaroto é que cheira a Pico, a grandiosidade, a pedra, a picareta ou alvião, a luta e a maroiço, a marinheiro e a reboiço, a cedro do mato, retorcido e rijo pela intempérie, de bom cerne, que deu pipa e cavername, a fruta, a vinho e a labuta…”
In: Incentivo, Ano XV, Nº 3565, pág. 2.
In: Tribuna das Ilhas, Ano XVII, Nº 874, pág. 3